De acordo com uma tradição anual e secular, o antigo beco da cidade napolitana é mais uma vez “invadido” por turistas italianos e também do mundo todo. Em particular para a temporada de Natal, estima-se o número de um milhão de visitantes, confirmando o encanto que esta forma de arte ainda desperta no público.

Mais uma vez, este ano foi montado um lindo presépio em tamanho real na bela Basílica de San Lorenzo Maggiore, localizada no início da estrada antiga. Um complexo monumental de rara beleza, onde se fundem estilos e arquiteturas de diferentes épocas. A feira atual registra a colaboração entre a associação “Le Botteghe di San Gregorio Armeno” e a associação “Arte Presepiale San Gregorio Armeno”.

Ao longo de toda a rua, as muitas representações da natividade em forma clássica, mas também com as novidades inevitáveis ​​de cada ano. Arranjos e personagens feitos estritamente à mão por artesãos que são verdadeiros mestres na arte do presépio. São esculturas minuciosas em cenários sugestivos onde tudo é único, belo e original.

Segundo fontes históricas, trata-se de uma antiga via de origem romana, onde se localizava o templo consagrado à Deusa Ceres, a deusa da fertilidade, das colheitas e da terra. Acredita-se que naquela época os devotos traziam estatuetas de terracota, como ex-votos ao templo, esperando que a deusa acolhesse e realizasse seus pedidos. Ainda de acordo com documentos históricos, um mosteiro foi construído sobre as fundações do antigo templo romano no século X. E a tradição enveredou-se pelos caminhos do cristianismo desde então.

Ceres (Deméter para os gregos) a deusa romana da fertilidade, das colheitas e da terra.

Posteriormente, no século XVIII, a “arte presépio” dos artesãos napolitanos consolidou-se, concentrando seu polo naquela que, ainda hoje, é a rua de presépios mais frequentada do mundo.