Uma senhora conhecida como Paris, romântica e encantadora,
me deixou aqui sozinho e desapareceu da minha vista.
Outros homens sós, com olhares solitários também a estão procurando em vão.
Lembram das ruas desta linda senhora, mas não há mais nenhum sinal dela. Apenas instantes em memórias fugidias. Como a correnteza de seu Rio Sena.
A última vez que vi Paris, seu coração pulsava quente e alegre.
E eu podia ouvir sua risada solta em cada café, de cada calçada que eu pisava.
Na última vez que vi Paris, suas árvores estavam vestidas para a primavera.
E enquanto os amantes caminhavam nas suas sombras, os pássaros encontravam canções para cantar.
As sirenes agudas de seus velhos táxis, que outrora me atormentavam, agora traziam a memória de música nos meus ouvidos. Uma sinfonia de sons da cidade.
Paris agitada, sonhada vanguarda, mas ainda clássica e bela
Não importa o quanto mude esta senhora, só vou me lembrar dela deste jeito.
Seus bares fervilhantes, suas vendedoras de flores no mercado, seus ambulantes nas madrugadas.
Crianças nos jardins, artistas de rua.
Telas desta senhora que não saem da minha mente. Memórias que não se apagam da retina.
Um sentimento que nunca mais saiu de mim, desde a última vez que vi Paris.
OBS. Na verdade, a ultima vez que vi Paris, eu não estava em Paris. Não desta vez. Estas imagens foram feitas no Pavilhão da França, no Epcot Center, um prodígio em direção de arte, onde num pastiche arquitetônico, o clima exuberante e descontraído dos cafés, bistrôs e boulevards franceses é recriado no coração da Flórida (EUA).