Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa (1970)
Dirigido e produzido por Roberto Farias, Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa teve um público de 2,6 milhões de espectadores, sendo o filme mais assistido de 1970. No enredo, a cantora Wanderléia compra uma estatueta antiga, em uma loja de antiguidades do Japão. Depois de uma confusão envolvendo um perseguidor chamado Pierre e um gênio samurai, ela, Roberto e Erasmo encontram um mapa do tesouro dentro da estatueta. Ao tentarem decifrar o mapa, eles acreditam que o lugar onde o tesouro está escondido é no Rio de Janeiro, para onde partem imediatamente, com Pierre em seus calcanhares.
Roberto Carlos a 300 Km Por Hora (1971)
Dois mecânicos trabalham na oficina de um piloto brasileiro de fama internacional, que pretende correr um grande prêmio em Interlagos. Depois de um grave acidente, um dos mecânicos acaba assumindo o posto do chefe e se apresenta como competidor. Lançado em dezembro de 1971, dirigido e produzido por Roberto Farias, com roteiro de Bráulio Pedroso. O filme teve um público de 2.785.922 espectadores, sendo o filme mais assistido daquele ano.
Os Machões (1972)
Comédia dirigida por Reginaldo Faria, com roteiro dele e de Bráulio Pedroso. Rodrigo de Oliveira em sua crítica para o Papo de cinema escreveu: “Lançado em 1972, Os Machões é mais um de tantos exemplares da pornochanchada que, quando colocados sob a ótica atual, são difíceis de apreciar. Naquela época, não existiam muitos problemas em apresentar mulheres como objetos ou diminuir homossexuais por sua sexualidade, dois pontos cruciais no roteiro deste longa-metragem dirigido e estrelado por Reginaldo Faria. Claro que crucificá-lo por ser um retrato da época seria injusto, visto que estamos falando de uma obra que representa corretamente aquele período. No entanto, ter isso em mente não deixa o filme mais prazeroso de se assistir automaticamente. (…) Mesmo sendo um produto legítimo do nosso cinema brasileiro, Os Machões bebe na fonte e antecipa alguns tópicos vistos na Nova Hollywood, movimento iniciado em 1967. (…) Tendo envelhecido mal, (…) acaba sendo um retrato de época importante, mas de difícil fruição nos dias atuais, principalmente pela sua temática. Felizmente, para cada momento de gosto duvidoso, ainda temos boas atuações e a música certeira [na trilha sonora].” Por seu trabalho neste filme, Erasmo foi vencedor do Troféu APCA como melhor coadjuvante masculino.
O Cavalinho Azul (1984)
Filme infantil dirigido, editado e escrito por Eduardo Escorel. O filme é baseado na peça homônima de Maria Clara Machado e é um clássico infantil do cinema brasileiro. No enredo, João de Deus, um andarilho de barbas longas, conta a história de um menino chamado Vicente, que tinha um cavalo, que na sua visão é um lindo cavalo azul! E para seus pais, um velho cavalo marrom. Um dia, seu pai vende o cavalo. Preocupado com os perigos nos quais o animal pudesse enfrentar, Vicente parte numa viagem atrás de seu amigo. Durante a jornada o menino passa por várias aventuras na companhia da amiga Maria e de um trio de músicos do circo, que querem roubar o mágico cavalo. O filme participou de festivais de Gijon, na Espanha, e Corbeille e Essone, na França. Nele, Erasmo interpreta um típico Cowboy.
Paraíso Perdido (2018)
Um drama musical dirigido e roteirizado por Monique Gardenberg, conta com um grande elenco de atores como Jaloo, Lee Taylor, Hermila Guedes e Júlio Andrade. No Brasil, teve distribuição pela Vitrine Filmes. O patriarca José (Erasmo Carlos) é dono de uma boate chamada Paraíso Perdido. Ele faz de tudo para manter a felicidade de sua família: os filhos Ângelo (Júlio Andrade) e Eva (Hermila Guedes), o filho adotivo Teylor (Seu Jorge) e os netos Celeste (Julia Konrad) e Imã (Jaloo). Todos são unidos pela música e por um amor incondicional. Eles vão encontrar forças para lidar com os traumas da vida cantando grandes clássicos da música brasileira. Um dia, eles atraem a curiosidade do misterioso Odair (Lee Taylor), um policial que cuida de sua mãe surda, a ex-cantora Nádia (Malu Galli). Agora, ele vai descobrir que sua relação com a família é maior do que ele imaginava.
Modo Avião (2020)
Comédia dirigida por César Rodrigues a partir de um roteiro de Alberto Bremmer e escrito por Renato Fagundes e Alice Name-Bomtempo. O filme é estrelado por Larissa Manoela, Erasmo Carlos e André Luiz Frambach. Como castigo por ter batido o carro enquanto falava ao celular, uma influenciadora digital é mandada à casa do avô no campo, sem sinal de celular e sem direito a selfie. Depois de pouco mais de um mês do lançamento, o filme bateu recorde de audiência na Netflix. O longa foi anunciado como sendo o mais visto da plataforma de streaming em língua não inglesa. Dois terços da audiência de Modo Avião estão nos Estados Unidos, México, França e Alemanha. Foi a última atuação de Erasmo Carlos no cinema.
Minha Fama de Mau (2019)
Lutando para sobreviver e se virando com pequenos trabalhos, o jovem Erasmo Carlos (Chay Suede) alimenta uma paixão: o rock and roll. Fã de Elvis Presley, Bill Halley e Chuck Berry, ele aprende a tocar violão e passa a perseguir a ideia de viver apenas da música. Misturando talento e um pouco de sorte, conquista a admiração do apresentador de TV Carlos Imperial (Bruno de Luca), um cara influente no meio artístico, e através dele conhece o cantor Roberto Carlos (Gabriel Leone), com quem começa a compor diversas canções. A parceria dá muito certo e o sucesso logo chega, transformando para sempre a vida de Erasmo. Interessante semi-biografia do Tremendão, focada apenas no inicio de sua carreira, não correndo o perigo de outras produções do gênero em que fases importantes da vida de um determinado artista, desaparecem em função de outras. Direção de arte dinâmica e algo estilizada também garantem o interesse estético da produção.
E veja também o encontro de Chay Suede e Erasmo Carlos, nos bastidores das filmagens de Minha Fama de Mau…