Apfel fez carreira no setor têxtil, juntamente com seu marido, Carl Apfel (falecido em 2015), fundando a Old World Weavers (em 1950), tecelagem especializada em reproduzir tecidos dos séculos 17, 18 e 19. A bem sucedida empresa, que encerrou suas atividades em 1992, com a aposentadoria dos seus fundadores, teve entre seus clientes a própria Casa Branca durante nove presidências – de Harry Truman a Bill Clinton.
Em suas viagens de pesquisa têxtil pelo mundo, Iris adquiria tecidos exóticos, raros e originais, que acabava transformando em figurinos únicos para seu guarda-roupa particular.
Como decoradora de interiores, também marcava presença por um estilo misturado e nada convencional.
Já aposentada, foi aclamada por uma exposição (em 2005) no Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, apresentando sua coleção de bijuterias e vestuário. Acabou tornando-se um ícone da moda, sendo tema de um documentário (Iris) de Albert Maysles, em 2014.
Em 2019, aos 97 anos, ela assinou um contrato com a agência global de modelos IMG. Vendo que ela era frequentemente procurada para apresentações, foi Tommy Hilfiger quem a encorajou a assinar com a agência e assim conseguir um gerenciamento profissional em sua carreira, agora de modelo e celebridade fashion.
A designer, que foi uma das primeiras mulheres a usar calças jeans no mundo, também foi homenageada no teatro brasileiro, em 2019. Dirigida por Maria Maya, texto de Cacau Hygino e com Nathalia Timberg como protagonista, Através da Iris chegou a ser reconhecida pela própria inspiradora do espetáculo.
Nathalia Timberg como Iris Apfel no espetáculo Através da Iris (2019).
No Instagram, Iris agradeceu a homenagem. “É realmente incrível ver sua vida interpretada e representada. Obrigada à toda equipe do Brasil que trabalhou muito para realizar tudo isso”.